The Pineapple Thief ao vivo no LAV 

Sala cheia para assistir a uma grande noite de prog rock!

Texto: Gabriela Teixeira
Fotos: Jorge Botas


Os britânicos The Pineapple Thief estrearam-se finalmente, em nome próprio, em Portugal, apesar dos seus 25 anos de carreira! A aclamada banda de rock progressivo, liderada por Bruce Soord, está a promover o seu novíssimo «It Leads to This» e deu um óptimo espectáculo para uma plateia de apreciadores das sonoridades mais refinadas, mas como entrada, os presentes puderam degustar a música de Randy McStine, também ele um estreante por nossas terras, embora nada desconhecido, ou não estivéssemos perante um escolhido de Steven Wilson para acompanhar a última tour dos Porcupine Tree. 

Randy, também a promover o seu recente disco «Unintentional», subiu sozinho ao palco pelas 20h30, munido de uma guitarra acústica e de uma loop station, e conquistou de imediato a sala. Foi arrepiante sentir o silêncio com que o público o brindava a cada dedilhar da sua guitarra, num gesto de admiração. O músico, cujo timbre me agradou imenso, tocou cerca de 40 minutos, onde aliou talento e simpatia. Sem dúvida, ficou-me a vontade de explorar mais a sua discografia!

Eram cerca das 21h20 quando os tão aguardados The Pineapple Thief entravam em palco para tocar o meu tema favorito deste novo álbum, “The Frost”, e assim arrebatar todos os presentes. Conquistar o público não foi tarefa propriamente árdua, creio até que mal soou o primeiro acorde, deu-se uma imediata explosão de química entre a banda e a plateia. Não admira! Foram muitos anos de espera!

A banda concentrou a sua setlist em temas da última década, deixando de parte os registos iniciais da sua carreira. Todos os temas do novo álbum foram tocados e o que realmente me fascinou foi o peso que as músicas ganham ao vivo. Interessante como em estúdio a preponderância melódica e suave da sonoridade é uma constante, ao passo que, ao vivo, a dimensão mais pujante do rock impera de modo soberbo. Como exemplo tenho de destacar a apoteótica “Give it back”.

A prestação da banda foi irrepreensível, o que também não era nada que não fosse expectável face à qualidade individual dos músicos. Foi notório que todos se estavam a divertir muito em palco e essa boa energia contagiou quem ali estava presente, especialmente sempre que Bruce se dirigia ao público em português.

Em termos técnicos, destaco o óptimo som da sala. Esta foi a segunda vez que estive no LAV e consegui ouvir perfeitamente cada instrumento, assim como a escolha de luzes mais ténues no palco me permitiram desfrutar daquela noite sem qualquer incómodo.

Fiz 300km para ver The Pineapple Thief e não podia estar mais satisfeita! Já posso dizer que estive no mesmo espaço que o Gavin Harrison! 😀 Espero que, numa próxima vez, e que seja muito em breve, a banda passe também pelo Hard Club. A malta do Norte agradece, carago!

Uma nota de apreço para o público que acedeu ao pedido da banda para não gravarem o concerto. Creio que foi o espectáculo em que menos telemóveis vi.

Por fim, um agradecimento à Free Music Events por permitir a uma publicação mais pequena como a Versus Magazine ter acesso a eventos de Lisboa.

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